quinta-feira, 24 de setembro de 2015

As contradições da Direção Central do CPERS e o engodo de uma greve unificada



A cada dia que se passa mais evidente fica o quão foi danoso para a categoria o desrespeito à decisão da continuidade da greve na fatídica Assembleia de 11 de setembro 2015 no Pepsi On Stage. A decisão de Helenir desmantelou e criou para os colegas mais novos um sentimento de ilegitimidade do sindicato.

Vou morrer afirmando que a desmobilização da categoria é de responsabilidade desta Direção que escolheu seguir as "determinações" do Conselho Geral em detrimento da instancia maior de qualquer sindicato, que é a sua assembleia geral.

O Discurso de greve unificada cai por terra com os atos da Brigada Militar nesta terça-feira. Os mesmos que estavam unificados agora batem, jogam splay de pimenta e estão a serviço do Governo.  O Discurso da Direção Central mostra-se como  um grande engodo que foi visto pela própria categoria e agora os mesmos que manobraram para  extinguir o movimento, acusam de maneira irresponsável as demais forças políticas.

Não nos oposumemos a nenhum ato unificado, desde que seja respeitada a nossa autonomia! Isso não foi levada em conta pela Artisind/CUT/PT/PC do B. Chamam de greve, dias de paralisação e de forma equivocada deixaram o flanco para que os Deputados colocassem gradis em torno da Praça da Matriz e se exilassem para a aprovação do Pacote de Maldades de Sartori. Depois, protagonizou um dos mais lastimáveis eventos que eu vi em Porto Alegre, quando deputados de oposição foram para o caminhão de som, fazer proselitismos e discursos recheados de oportunismo, contrariando e revoltando-nos. Nós ali, com um gradil em frente à Assembleia, tomando chuva e ouvindo uma presidente fazendo uma assembleia pra decidir se apoiávamos ou não os pacotes de Sartori.
Acusam as demais de forças de desmobilizar o CPERS, quando sempre estiveram presentes em todos os atos. Senão fossem os independentes e demais correntes políticas, não teríamos conseguido adiar a votação dos projetos.

Lastimavelmente eu tenho que dizer isso, mas a gestão da professora Helenir tem se mostrado burocrática e tem impedido de a categoria de fato reagir contra este massacre que o governo do PMDB tem nos colocado.


Hoje, os novos filiados, estão deixando o sindicato. Resta aos mesmos a luta. Estamos cientes que lutamos contra Sartori e as forças políticas que estão atualmente na Direção Central do CPERS. Agora é hora de lutar pelo nosso sindicato, é hora de quem quer manter vivo esta entidade que tem 8 décadas de lutas, ser tomada pela sua base. Contra a burocracia sindical, mais democracia e respeito a vontade da maioria. 

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