quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Até quando?



Como professor da falida Rede Pública Estadual do Rio Grande do Sul, sinto-me envergonhado. Percebo a falta de cultura política e sindical do Magistério Sulriograndense. No Estado "mais politizado" do país a categoria da educação é o retrato de que este rótulo é falacioso. 
Colegas que receberam os miseráveis 600 reais estão em sala de aula juntamente com alunos e direções que fingem não estar acontecendo nada! Eu quero estar trabalhando, mas não dá com as coisas que eu vejo,  As escolas sem as verbas para as suas manutenções básicas. Falta até papel higiênico pra se ter uma ideia!  Enquanto isso, não vão pra rua com medo de perder as suas férias. Eu pergunto para que férias se nem pro mais básico falta dinheiro?

Não faço greve  por esporte! Sou grevista pois não aguento mais este sucateamento da escola. Vou pra rua na ânsia de sensibilizar a sociedade.

A Escola virou em última análise um crediário, um espaço recreativo e o antro de todas a hipocrisias! Quantos alunos que vão obrigados estão reclamando de serem prejudicados  pela greve, estão de fato imbuídos de estudarem? Parem com isso! Quantas vezes eu tentei dar aula e os que são contra a greve atrapalham o andamento de meu trabalho? 

Vou dar este recado diretamente a alguns de aos meus colegas que vivem dizendo que o CPERS não lhes representa, que estão na comoda situação de somente criticar, mas que na hora da luta, fogem! Fácil criticar, mas o que tu contribuiu pra mudar isto que te desagrada?

Pra mim é indigno entrar por 600 reais numa sala de aula, assim como é indigno calar-se com relação a precarização de nossas escolas.  Mas cada um com a sua consciência!  Sei que o CPERS acabou se afastando da base nos últimos anos, entretanto é hora de unir forças e queiram ou não é unica entidade que nos representa legalmente! 

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