A cada dia que
se passa mais evidente fica o quão foi danoso para a categoria o desrespeito à decisão
da continuidade da greve na fatídica Assembleia de 11 de setembro 2015 no Pepsi
On Stage. A decisão de Helenir desmantelou e criou para os colegas mais novos
um sentimento de ilegitimidade do sindicato.
Vou morrer
afirmando que a desmobilização da categoria é de responsabilidade desta Direção
que escolheu seguir as "determinações" do Conselho Geral em detrimento da
instancia maior de qualquer sindicato, que é a sua assembleia geral.
O Discurso de
greve unificada cai por terra com os atos da Brigada Militar nesta terça-feira.
Os mesmos que estavam unificados agora batem, jogam splay de pimenta e estão a
serviço do Governo. O Discurso da Direção
Central mostra-se como um grande engodo
que foi visto pela própria categoria e agora os mesmos que manobraram para extinguir o movimento, acusam de maneira
irresponsável as demais forças políticas.
Não nos oposumemos
a nenhum ato unificado, desde que seja respeitada a nossa autonomia! Isso não foi
levada em conta pela Artisind/CUT/PT/PC do B. Chamam de greve, dias de paralisação
e de forma equivocada deixaram o flanco para que os Deputados colocassem gradis
em torno da Praça da Matriz e se exilassem para a aprovação do Pacote de
Maldades de Sartori. Depois, protagonizou um dos mais lastimáveis eventos que
eu vi em Porto Alegre, quando deputados de oposição foram para o caminhão de
som, fazer proselitismos e discursos recheados de oportunismo, contrariando e
revoltando-nos. Nós ali, com um gradil em frente à Assembleia, tomando chuva e
ouvindo uma presidente fazendo uma assembleia pra decidir se apoiávamos ou não os
pacotes de Sartori.
Acusam as
demais de forças de desmobilizar o CPERS, quando sempre estiveram presentes em
todos os atos. Senão fossem os independentes e demais correntes políticas, não teríamos
conseguido adiar a votação dos projetos.
Lastimavelmente
eu tenho que dizer isso, mas a gestão da professora Helenir tem se mostrado
burocrática e tem impedido de a categoria de fato reagir contra este massacre
que o governo do PMDB tem nos colocado.
Hoje, os novos
filiados, estão deixando o sindicato. Resta aos mesmos a luta. Estamos cientes
que lutamos contra Sartori e as forças políticas que estão atualmente na Direção
Central do CPERS. Agora é hora de lutar pelo nosso sindicato, é hora de quem
quer manter vivo esta entidade que tem 8 décadas de lutas, ser tomada pela sua
base. Contra a burocracia sindical, mais democracia e respeito a vontade da maioria.